No
decorrer dessa semana, fiz várias leituras e trabalhos referentes a disciplina
de Fundamentos Teóricos – Metodológicos da Atuação Docente.
Iniciei
lendo o texto “ O paradigma educacional eco-sistêmico”, de Maria Cândida
Morães. A autora nos traz que a mesma complexidade existente na educação, na
cultura e na sociedade, está presente nos processos de construção do
conhecimento e da aprendizagem. Nós enquanto educadores, não podemos ignorar as
implicações epistemológicas que envolvem os conceitos de auto- organização,
complexidade, interpendência, dinâmica não linear que caracterizam os seres
vivos.
Esse
paradigma se caracteriza na dimensão interacionista, pois acredita que a
interação entre o sujeito e o objeto é a condição necessária para a construção
do conhecimento. A Biologia explica que aprender e ensinar, são processos
distintos, pois pode haver ensino sem aprendizagem, assim como haver
aprendizagem sem ensino. No ensino, o protagonista principal é o professor,
enquanto na aprendizagem é o aluno.
O paradigma eco sistêmico ou paradigma da
complexidade, ajuda a tomar consciência das nossas relações com a vida, com o
outro, com a natureza. A nossa maneira de ser e estar no mundo influencia o
modo de pensar, de aprender. Segundo Edgar Morin é importante uma reforma do
pensamento humano, para que possamos responder aos desafios da globalidade, da
complexidade, da vida cotidiana, da vida social, política. É necessária a oferta
de uma educação que desenvolva processos reflexivos, criativos e críticos,
voltados para o desenvolvimento da autonomia, da criatividade e da
solidariedade, implicando assim na mudança de valores, de atitudes e de estilos
de vida.
Fiz
também a leitura do texto “As Teorias Modernas Revisitadas pelo Debate Moderno
na Educação, José Carlos Libâneo. Segundo o autor, a pedagogia ocupa-se das
tarefas de formação humana em contextos determinados. A investigação por meio
da educação consiste na sua consideração como uma realidade em mudança. Os educadores
enfrentam uma realidade educativa perplexa, de crises, incertezas, pressões
sociais e econômicas, relativismo moral, dissoluções de crenças e utopias.
A
pedagogia tem como questão central a formação humana, que envolve o destino das
pessoas a partir dos processos de desenvolvimento e aprendizagem. Podemos classificar
como correntes pedagógicas contemporâneas: Racional – tecnológica,
neocognitivistas, sociocráticas, holísticas, pós-modernas.
Li
e analisei também o texto “Ensinar não é transferir conhecimento”, do livro
Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. Conforme o autor é importante que o
educador crie as possibilidades para construção ou produção do conhecimento. Em
sala de aula precisamos estar abertos a questionamentos, curiosidades,
perguntas, inibições dos nossos educandos, criando assim um ambiente favorável à
aprendizagem.
Paulo
Freire afirma que o professor precisa ser aventureiro, responsável, aceitando a
mudança e o diferente. Precisa ter a consciência do inacabamento do ser humano,
a sua inconclusão, respeitando sua dignidade, sua autonomia, sua identidade em
processo, o que exige reflexão crítica permanente sobre a prática pedagógica. Temos
que considerar como saber fundamental que mudar é difícil mas possível, para fazermos
a diferença e alcançar o sucesso. Entre professor e alunos deve haver uma
postura dialógica, ou seja, aberta, curiosa, indagadora, onde ambos devem se
assumir epistemologicamente curiosos.